quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sobre os meus amigos

Recentemente, a MariaEduarda escreveu um texto (a leitura do qual recomendo vivamente), em que fazia um balanço da importância dos seus amigos na sua vida. Inspirado por isto, eu resolvi imitá-la desavergonhadamente, e aqui está o resultado:


Eduarda Pereira - Onde estaria eu se não fosses tu? Como já referi, em finais de 2004 eu era um anti-social de primeira, e um desajeitado de segunda, e tu puseste-me a fazer todo o tipo de coisas que nunca tinha feito antes: atar os sapatos, sair de casa com uma coisa chamada "amigos", entre outras actividades sociais várias. São também notáveis, neste campo, as numerosas festas que se realizaram em tua casa. Já é a terceira vez que o pessoal dorme lá. (Milagre, hein? Eu? A dormir fora de casa?) E, agora, vejo-te apaixonada, já no segundo namorado (pelo menos que eu saiba), e, graças a isso, descobri que a lógica nem sempre funciona e que, por vezes, a emoção cega-nos. Em ambas as vezes que tu te apaixonaste, eu estive lá, falei contigo, mais que não fosse através do mensageiro (como tu gostas de lhe chamar), e, em ambas as ocasiões, tive a oportunidade de te ajudar a ver as coisas melhor, para que não cometesses algum erro. Soube realmente então o que é ajudar um amigo, ou, neste caso, uma amiga. A prova dessa amizade? Já nos zangámos mais vezes que as estrelas que há no céu, e, agora mesmo, continuamos unidos, como se nada fosse. Não são todas as relações que se aguentam assim, e tenho a certeza absoluta de que não será amanhã que esta perecerá.


João Coelho - Sendo o único rapaz que, tal como eu, tem propensão para não se querer meter muito em barulhos, confusões e desordem, e um dos pouquíssimos que se preocupa com o seu futuro, não é de espantar que seja também o único que eu posso, com certeza absoluta, apelidar de melhor amigo. Não bastasse já isto, há ainda os interesses comuns: ambos gostamos de ler e escrever (belas histórias, essas que vamos trocando e que agora me obrigam a "mudar de MSN"). É notável também o teu papel naquelas situações em que eu "breco", em que tu vens chamar-me à razão (e, muitas vezes, bem), enqanto a Duda me dá um ralhete dos bons. E a coisa, quatro anos depois, continua. E estou confiante que assim será durante muito tempo.


Alexandra Pereira - "Quem é esta doida?". Assim se abriu o caminho para mais uma fabulosa amizade com uma fabulosa pessoa. Não escrevo tanto sobre ti, porque cá estás há menos tempo, e não tiveste tantas oportunidades para ter um impacto em mim, mas, só num ano, vê-se que és uma excelente confidente e que, mais importante, tal como a Eduarda, és uma excelente amiga. Oxalá assim continue.


Daniela Baptista - A amiga que passa metade do intervalo na casa de banho. Ainda me lembro bem daquele episódio, em que eu, acidentalmente, "denunciei" a "ignorância" da Duda, e tu foste fazer de juíza. Foste espectacular. E em tudo o resto também. Que permaneça assim.


Mariana Castro - És a prova viva de que a amizade não é proporcional ao tamanho. Tudo aquilo que eu te digo, tu estás disposta a ouvir. Mesmo quando há problemas, tu consegues manter a calma e, na maior parte das situações, não explodir. Para mais, agora, temos a GD como ponto de união. Com quem mais da turma falaria do assunto? E quem mais perceberia as fabulosas piadas a que essa excelente disciplina abre as portas? Nós somos os "diferentes" da turma. Só nós temos aquela hora de almoço "jumba", que é extremamente útil e relaxante. Tem montes de piada mostrar os exercícios de geometria aos outros e perguntar-lhes "quantos cubos estão desenhados?" e ouvi-los dizer "isso é tudo riscos". Parece estúpido? Talvez seja. Mas em tudo há uma pitada de estupidez, ou pelo menos assim parece. Desejo sinceramente que esta amizade se mantenha por muitas décadas.


André Alguém - Não sei o que fazer contigo. Não sei se te devo ver como um verdadeiro amigo ou como um gozão de primeira. Sei que foste importante para a Duda. Talvez ela tenha sido importante para ti. Tu gastas-me energia e mais energia a tentar encontrar o sítio onde encaixas na minha vida. Umas vezes parece que estás a ir bem, outras és a criatura mais insuportável à face da Terra.


Muitos mais me apareceram pela frente, claro. E tenho mais uns (poucos) amigos. Mas estes são aqueles com quem convivo todos os dias, e que tiveram, e ainda têm, o maior impacto na minha vida.

A ver vamos o que 2009 traz a nós os sete.


P.S. - Ah, e desculpem a não-actualização do blog. Sabem, agora a Ligação BOF tem dado muito que falar... vejam lá todos os meus textos que não são sobre mim.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um blog hilariante.

http://sofrodeotites.wordpress.com/
Visitem este blog. É absolutamente hilariante... adicionem ao vosso leitor RSS (se tiverem isso, claro)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A vida.

Existe, na escola, uma disciplina que nos ensina que a vida raramente é rectilínea. Que, em certos pontos da vida, precisamos de fazer uma mudança de planos, de nos projectarmos noutra direcção, pois o plano que temos não resulta. Temos, muitas vezes, que passar obstáculos, e aí é essencial não nos atirarmos de forma aleatória, descuidada, oblíquos aos problemas, bem como termos abertura de espírito, um bom ângulo de visão, para podermos avaliar situações alternativas, ver as coisas de outra perspectiva.
É necessário ir assumindo várias atitudes, conforme as situações. Umas vezes é imprescindível ser-se frontal e dizer logo a verdade. Outras, é necessário ser-se rasteiro, esquivo, andar pelas fendas horizontais das paredes, quando todos os quadrantes nos perseguem, de maneira a mantermo-nos afastados deles tanto tempo quanto possível. Aí, também precisamos de saber rebater corajosamente todas as tentativas dos outros para nos deitar abaixo e interromper para sempre o nosso progresso.
Quando chega a altura de subir a montanha da vida, são necessárias muitas precauções. Nunca se deve tentar subir logo na vertical, devemos antes construir uma sólida rampa, com uma inclinação adequada, como um método auxiliar para nos ajudar a chegar ao topo.
Porém, uma vez aí chegados, os cuidados não acabam. No cume da montanha há um declive que nos faz deslizar lentamente para as arestas bem afiadas lá em baixo. Por isso, temos de nos agarrar com firmeza ao vértice.
Todavia, tudo isso não chega. Mesmo bem seguros no topo, é da maior importância que não fiquemos deitados à sombra da bananeira, e, acima de tudo, que nos mantenhamos fiéis ao perfil da nossa personalidade e aos traços do nosso carácter, pois só assim será visível a nossa verdadeira grandeza.

domingo, 5 de outubro de 2008

Balanço de quase meia década.

Já não me lembro como foi aquele dia em Setembro de 2004. Sei que tinha uns magros dez anos na altura. Também sei que era pequenino (foram eles que me contaram). Mas não me lembro do momento em que me aproximei pela primeira vez deles. É pena.

Quatro anos depois, estou aqui a escrever, sentado sozinho em frente ao computador, olhando com tanta clareza como possível para o caminho que trilhei até aqui. E, pelo que vejo, concluo que, se alguém me tivesse visto pela última vez há quatro anos, jamais me reconheceria agora. Mudei demasiado para que isso fosse possível, e não só fisicamente. Hoje estou pela primeira vez a ter experiências que naquela altura seriam totalmente impensáveis. Que nem eu, que tão frequentemente devaneio pelos inúmeros caminhos imaginários da minha vida, imaginava na altura. Ou talvez o tenha feito - não tenho forma de saber. Também não interessa. O que interessa é que essas coisas aconteceram.
Há quatro anos, fazer parte de fosse que grupo fosse era senão uma miragem. Sair à noite era uma loucura completa que jamais devia ousar tentar sequer. Dormir fora de casa era tão absurdo como dizer que dois mais dois eram cinco. Ir a bares era para maiores de 16, ponto final.
E onde estou eu hoje? Num grupo de sete pessoas (contando comigo). Seis amigos próximos. Deles quero destacar, desde já, quatro, os que estiveram comigo desde o princípio. São eles a Duda, a Mary, a Ni, e o João. Por três anos eles mantiveram o monopólio das minhas amizades - e, claro, ainda hoje têm uma posição especial no meu mundo. Foi com eles que deixei a infância para trás de vez e entrei, sem grande estardalhaço, na adolescência que agora estou a viver. Foi com eles que passei a achar normal sair de casa e voltar a altas horas da noite. Fazer o que qualquer outro adolescente da minha idade já faria, provavelmente, há mais tempo.
Porém, destes quatro, vou destacar uma pessoa. A Duda. Porque os outros três me ajudaram muito, mas foi primariamente ela que me guiou pelos na altura tenebrosos e obscuros caminhos da socialização.
Na verdade, estas quatro pessoas de que falei fizeram mais por mim nos últimos quatro anos que os meus pais. E foi aos "6 VIP's" que confiei um dos meus segredos mais íntimos. Os meus pais não sabem esse.
Muitos problemas que eu tinha a socializar, foram resolvidos. Os problemas que agora enfrento e que penso que enfrentarei daqui por diante são de uma natureza diferente. Esses, só eu os posso resolver. Há perguntas a que só eu mesmo posso responder, e são, por uma infeliz coincidência, aquelas que são mais difíceis de entender. Isso angustia-me, olhar para algumas coisas e não encontrar um sentido nelas.
E é disso que preciso, acima de tudo. De encontrar um sentido para a vida. Para que nunca chegue o dia em que não saiba o que hei-de fazer a seguir. E tenho de ser eu a delinear o plano. Porque, bem, não faria sentido que não fosse.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Só mais um bocadinho!

Era uma vez um gnomo que estava a ir para o trabalho quando encontrou um enorme monte de areia no caminho.

- Desaparece! - berrou o gnomo.

- Querias! - respondeu o monte.

E foi então que o gnomo teve uma ideia.

- Vá lá... Encolhe só um bocadinho...

- Está bem...

E o monte encolheu um pouco.

- Por favor... encolhe... só mais um bocadinho... eu continuo a não conseguir passar...

- Está bem...

E o monte voltou a encolher. E o gnomo continuou a fazer isto, e o monte sempre aceitava, porque, afinal de contas, só um bocadinho não fazia diferença. Ou assim pensava, porque, alguns minutos depois, de tanto encolher, bocadinho a bocadinho, acabou por desaparecer.

E o gnomo continuou o seu caminho para o trabalho.

Um universo alternativo

O rapaz continua a sua caminhada pelo passeio.

Está sozinho. Sempre esteve. Enquanto caminha, olha à sua volta, principalmente para as casas e os edifícios. Porque as pessoas não lhe interessavam quase nada. Para ele, elas só lhe complicavam a vida, só se metiam no caminho. Por isso, não tinha amigos.

Ele não ia a festas. Uma vez fora, mas aborreceu-se porque, sozinho, não valia a pena. Sem ser as aulas e quando saía com os pais, ficava em casa.

Parece uma vida muito aborrecida, mas para ele, não o era mais do que a de outra pessoa qualquer. Entretinha-se a imaginar novos propósitos para o que via à sua volta, a escolher um novo contexto para eles. Sozinho.

Ele chegou a casa. Diz boa tarde aos pais. Depois vai lanchar. Depois vai fazer os trabalhos de casa.

E depois vai divertir-se sozinho.

E é assim que são todos os dias da vida do rapaz.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Mais propostas para o novo acordo ortográfico

Este post complementa o post "Propostas para o novo acordo ortográfico" (in Este Blog é meu.), a leitura do qual recomendo vivamente.


DISK

Indica o que se diz

Ex.: Disk o preço do petróleo desceu.


KEY

O sítio onde se está

Ex.: Vem já key!


HOLY

Um sítio a ser indicado pela pessoa que fala

Ex: Podes procurar key holy.


SONO

Expressão de exclusividade

Ex: Preços baixos sono Modelo!!!


DEITY

Conjugação pronominal do verbo dar

Ex: No Natal deity um livro.


POD

Verbo que significa possiblidade

Ex: Ele pod andar de bicicleta


TWO

Pronome pessoal

Ex: Two divertiste-te muito ontem.


ORANGE

Presente do conjuntivo do verbo arranjar

Ex: Ele que me orange uma secretária.


FISH

Significa "é muita bom"

Ex: Essa foto é muita fish, meu!


VICE

Conjungação pronominal reflexa do verbo 

Ex: No Verão vice à praia.


ANTS

Almas de pessoas mortas

Ex: Sinto a falta dos meus ants queridos

Isto é que é concorrência!

Ontem fui com os meus pais e a minha irmã lavar os nossos dois carros. Quando chegámos a estação de lavagem, a primeira coisa que fizemos foi aspirar os carros. Fomos a um sítio onde havia dois aspiradores juntos, para aspirar os carros ao mesmo tempo.
E foi então que eu reparei num pormenor. Um dos aspiradores cobrava 2 euros por 7 minutos de uso. O aspirador ao lado cobrava 1 euro pelos mesmos 7 minutos. Engraçado, parece-me. Isto é que é concorrência. Só falta, quando for ao supermercado, ver algum produto a um qualquer preço e depois ver o mesmo produto, mesmo ao lado, na mesma prateleira do mesmo supermercado, a metade do preço. Se os portugueses quiserem poupar, acho que, a partir de agora, vão ter que ter muita atenção a todas as ocorrências do que querem comprar.

sábado, 2 de agosto de 2008

Estranhezas de uma semana de férias

Quando se vai de férias, vêem-se coisas interessantes. Eu voltei ontem de uma semana de férias. Ir ao mar e apanhar sol não tem nada de especial, por isso não vou falar disso aqui. Eu vou mas é falar das coisas estranhas ou simplesmente engraçadas que vi (e também um bocado das minhas opiniões, se não se importarem), tanto durante as ditas férias como na viagem de regresso. Que são quatro (por enquanto):

#1: O inferno é já ali à frente

A água do mar, bem, pode-se dizer que tem uma tendência alarmante para ser gelada. Nas profundezas do inferno, há, supostamente, um sítio gelado onde põem os traidores e acho que até o próprio Satanás (segundo a Divina Comédia). Bem, para lá chegar, basta entrar no mar. É mesmo frio. Mas depois também fica melhor. Digamos que se trata de uma breve visitinha.

#2: O fim de Portugal é um fim ventoso

Eu estive na Ponta de Sagres, o fim de Portugal, e aquilo é ventoso que se farta. Por isso, quando uma ventania enorme assolar o país, já sabem que Portugal vai acabar (Faz sentido, Portugal, pobre como é, há-de ser levado pelo vento). Oxalá os portugueses sobrevivam.

#3: A sobremesa que custa 240 euros

Depois fui almoçar num restaurante. E quando vi as sobremesas, bem, no menu estava uma chamada “Tentação de 3 Chocolates”, e por baixo estava o preço: 240€. 80 euros por cada chocolate, sem contar com a tentação... imagino a qualidade desses chocolates... de onde terão vindo? Por outro lado, esses chocolates provavelmente não são nada de especial – a tentação, sendo um pecado, presumivelmente sai cara ao tentado. Se calhar até é isso, quem sabe?

Nos outros menus dizia que essa sobremesa custava 2.40€, preço que pura & simplesmente não existe. Se calhar, quando iam a escrever a vírgula, puseram a caneta no papel e esqueceram-se de continuar o traço. (Só espero que, em vez disso, não se tenham esquecido de um zero no final do número.) Seja como for, o que vinha nos outros menus não é para aqui chamado, uma vez que é do meu menu que estou a falar. Enfim, avancemos, que este tema se está a tornar cansativo.

#4: A caixa registadora que é vidente

Mais tarde, já durante a viagem de regresso, parámos numa estação de serviço, onde eu bebi um sumo de maçã. Ora bem, o que sucedeu foi o seguinte: quando vi a conta, dizia lá que o sumo era de laranja. E, para mais, na conta figurava a data de 2 de Agosto de 2008 (lembro-vos, caros leitores, de que isto aconteceu ontem). O mais curioso é que hoje bebi, de facto, sumo de laranja. Se calhar, o melhor é voltar a essa estação de serviço para ver se descubro como é que uma caixa registadora faz para prever o futuro.

 

E é isto que eu quero dizer (por agora!)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O que conta na escada da vida

Subir a escada da vida
é algo que todos nós fazemos
mas será que fazemos bem?

Quando tentamos subir
será que olhamos para nós
para vermos se somos dignos de atingir o topo?

E quantos de nós olham para os outros
e dizem que eles jamais chegarão ao topo
porque lá atrás no tempo deram uns tropeções.

Como é deprimente que todos esses são demasiado ignorantes
para saber que estão errados...

É que para sermos dignos de chegar ao topo
não conta onde fomos nem onde estamos
mas sim para onde queremos ir.

terça-feira, 22 de julho de 2008

A tempestade que cega

Hoje tento ver pela janela
mas lá fora só há chuva e trovoada
por isso não consigo ver nada
e aqui dentro é a mesma coisa

Aqui no meu quarto grassa a intempérie
e é essa intempérie que me obstrui a visão
com ela pela frente nem as minhas mãos posso ver
quanto mais as mãos dos que estão lá fora

Preciso de uma arma que cale a tempestade
uma bomba, um machado, um tridente, qualquer coisa
porque enquanto as nuvens daqui não forem embora
não poderei ver o sol que brilha lá fora

sábado, 19 de julho de 2008

Querida, tenho uma plantação de salsichas

Como todos sabem, o Verão é a época das salsichas.
Isto acontece porque, no Verão, devido à grande intensidade da luz solar, o pão tende a aquecer mais. Ora, o pão quente emite feromonas que provocam uma atracção irresistível nas salsichas que, nesta altura, pendem dos ramos das salsicheiras.

As salsicheiras são plantas carnívoras que comem, principalmente, bovinos. Durante a digestão, o animal passa por tubos digestivos com arestas cortantes que cortam a carne em forma cilíndrica. Devido aos movimentos regulares do caule das salsicheiras, vão-se formando cilindros separados de carne, que são as salsichas. Também devido a esses movimentos, mais tarde, as pontas das salsichas perdem carne e ficam, assim, arredondadas. Por fim, saem por tubos finos até aos ramos da salsicheira.
As salsicheiras têm penas amarelas-alaranjadas, pequenos dentes brancos, caule expansível, e pequenos ramos com suportes para salsichas. Cheiram a cenouras podres misturadas com couves. Aqui está uma fotografia de uma salsicheira.


As salsicheiras não são perigosas para o ser humano (o que é óbvio, porque senão os agricultores não poderiam tirar as salsichas dos ramos. Porém, estas plantas apreciam o sabor das unhas humanas, por isso, nunca se deve, em qualquer circunstância, colocar as mãos ou os pés dentro da boca de uma salsicheira. Ela arrancará as unhas, comê-las-á e os seus pedaços serão incluídos nas salsichas produzidas logo a seguir.
Ainda, há a considerar que existem dois tipos de salsicheiras. Um é o que foi agora descrito. O outro tem a mesma aparência e o mesmo comportamento, mas tem glândulas venenosas nos tubos digestivos, o que faz com que as salsichas destas plantas sejam extremamente venenosas. Porém, elas não representam um risco, pois o veneno torna estas salsichas azuis, o que permite a sua imediata identificação e destruição.
Além disso, por vezes, o cérebro dos animais entra nos tubos digestivos das salsicheiras, o que faz com que estas produzam salsichas total ou parcialmente constituídas por miolos bovinos. Estas têm, em 99,999999% dos casos, uma cor cizenta.

Voltando àquilo de que estava a falar. As salsichas, ao absorverem as feromonas, emitem radiação microondas que provoca alterações psiconeurológicas no cérebro dos agricultores. Isto faz com que eles sintam uma vontade irresistível de enlatar as salsichas e vendê-las a fabricantes de cachorros. Estes, por seu turno, também sofrem a influência da radiação das salsichas, que os obriga a colocar as salsichas dentro de pães cortados. No momento em que ambos se tocam, forma-se uma semente microscópica que, ao aterrar em terra fértil, com água e luz, dará origem a uma nova salsicheira, que viverá, em média, 97 anos. Porém, só as salsicheiras de estufa é que vivem esse tempo todo; as bravas vivem, em média, 5 anos, uma vez que são alérgicas ao vento acima de 36 km/h.



Bem, espero que isto não tenha sido uma grande seca. Sei que é um monte de disparates, mas, de momento foi o que a minha imaginação forneceu. E não se preocupem, que eu já tenho tema para o post de amanhã.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A prova de que 2+2=5

Se esta conta:

2,4 + 2,4 = 4,8

está certa, então arredondando os números,

2 + 2 = 5

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ceptro Inglês

Hoje apresento esta magnífica, incrível, assombrosa, escaldante, fabulosa e GRANDIOSA obra de arte: Ceptro Inglês. Não é conhecido o seu autor, pelo que não vou, naturalmente, dizer qual é.

Bem, falando da obra em si, começarei por realçar o facto de estar apontada direitinha para cima. Ora, esta orientação concerteza vos mostrará que a coisa que o pintor representou nesta incrivelmente magnífica obra é um objecto de poder e de glória. Não é isso que o apontar para cima significa?

O cabo desta obra de arte está pintado de cor-de-laranja, A cor do fogo (o amarelo, o vermelho e as outras todas não contam porque eu não quero). Logo mostra um grande poder ou uma grande força ou lá o que o simbolismo do fogo é.

Depois há a parte de cima, que consiste primariamente de algo que se assemelha a uma “garra”. Ora, uma “garra” leva-me a pensar no quê? Só pode ser uma coisa... Agarrar! Até porque é feita de metal... o metal não tem a ver qualquer coisa com a dureza ou com a firmeza ou lá o que é? Pois é! Com esta obra de arte podemos agarrar as coisas, ou seja, parece-me que podemos controlar tudo! SIM! Agora percebe-se porque é que este treco vale 300 milhões de euros! Com ele QUALQUER UM pode governar o mundo! Isto abre possibilidades sem precedentes para o mundo inteiro! Já estou com pele de galinha só de pensar nisto...

E há a elegância das curvas desta obra. Observem bem como o topo da obra se curva maravilhosamente e se inverte para ficar paralelo à outra metade da Garra.

Enfim, sobre esta obra de arte há apenas a dizer o seguinte: é incrível. Mostra mesmo a invencibilidade do intelecto humano. Sim, é intelecto que se escreve.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Perdido no meio da névoa branca

Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

nem mapa para me dizer onde fui parar.


Desde que veio a névoa fiquei aqui

não andei em nenhuma direcção

pois não sei o que há a minha volta

e não quero cair duma ribanceira abaixo.

(nunca se sabe se existem aqui)


Aqui não se vêem árvores,

nem pássaros,

nem o Sol,

nem a Lua,

nem os planetas,

nem as estrelas,

nem sequer o chão;

não se avista pessoas,

nem seja o que for que mexa.


Estou perdido neste sítio

e não há Deus que me salve

e não há destino em que possa confiar

e não há uma luz que fure o nevoeiro.


Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

mas na situação em que estou

duvido que sequer haja um caminho.


Resta-me esperar...


Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

à espera de alguém que me encontre

e me mostre o caminho.

(isto supondo que esse alguém existe...)


Suponhamos então...


Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

nem mapa para me dizer onde fui parar

mas ficava satisfeito se me trouxessem

uma manta para não apanhar frio

e um tapete voador para sair daqui.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

#254

Era uma vez
um grupo de senhores
que há muitos, muitos anos
se reuniu num belo palácio
e, julgando-se os maiores bruxos do mundo,
proclamaram ter o poder de alterar a língua.

E então, muitos anos depois,
os pretensos bruxos resolveram levar a cabo
o seu louco plano.
Assim, o rei de Portugal
reuniu com a alta nobreza
e do desejo dos senhores se fez lei.

Desde essa altura,
o correcto passou a ser incorrecto;
a leccionação enfraqueceu;
a verdade tornou-se vestimenta;
entre ir e parar não há diferença.
A mini-saia perdeu a costura,
a auto-estrada perdeu os traços,
horário passou a ser lugar de reza.

E a bela língua que outrora reinara
foi transformada num sapo.
Agora, ela aguarda que chegue o príncipe encantado
que a beijará
e lhe permitirá
derrubar o tirano que ocupou o trono
e reinar como legítima rainha.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Nrovo Arcordo Orrtográfico

Dre frorma ar urnificar ars vrarias vrariantes dra lringua prortuguesa, brem cromo trorna-la mrais cromplicada dre mrodo ar qrue ors lringuistas crontinuem ar trer ermprego (cromo prarte dro prrojecto dre crombate aro dresemprego erm Prortugal), srerao irntroduzidas arlgumas arlteracoes nra lringua prortuguesa, qrue srao ars sreguintes:

- Srera ardicionado urm rr ar sreguir ar prrimeira lretra dre trodas ars pralavras.

- Ors arcentos er tris dreixarao dre erxistir, er srerao rretirados dre trodos ors dricionarios.

Trhe Pruprle Treen Wrizard,
Srupremo Cromandante, Irmperador er Lrider dro Urniverso

quarta-feira, 26 de março de 2008

O tempo e a escolha

Hoje vou falar de dois problemas: o tempo e a escolha.

O tempo tem pouco que se lhe diga. Pura e simplesmente escoa-se depressa demais. Infelizmente, parece que as coisas agradáveis nunca duram o suficiente, e as desagradáveis demoram uma eternidade a acabar. Funciona exactamente ao contrário, o que só pode ser, mais uma vez, má vontade da parte do tempo.

A escolha coloca problemas mais interessantes. Temos de fazer muitas escolhas na vida. Sim, a liberdade é bonita, e eu prefiro ter escolhas a não as ter, mas pago um preço alto por isso.

Em escolhas simples, em que há uma escolha que é claramente boa e outra que é claramente má, ou uma que é neutra e outra que é boa ou má, é fácil decidir. O problema acontece quando me deparo com uma escolha em que as opções têm todas vantagens e desvantagens importantes. Torna-se impossível decidir. Bem, não diria impossível, mas demoro muito mais tempo do que o que devia. Ou quando as escolhas são todas boas ou todas más ou todas neutras? É o caso mais difícil. Tanto tempo para escolher algo para comer, por exemplo! Ou quando da outra vez tinha uma bifurcação à frente num trilho e não conseguia decidir para que lado ir. Ai eu...

Agora imaginemos uma situação que mostra os problemas que isto pode causar. É um bocado extrema, mas ilustrativa.

Imagine-se então que havia um carro descontrolado, a grande velocidade. A única opção que o condutor tem é mudar para um segundo caminho. Infelizmente, está a 50 metros de ambos, e há 15 pessoas presas à estrada no primeiro caminho; no segundo há uma pessoa na mesma situação. O que fazer?

Claro que toda a gente responde que mudaria de caminho, porque é a melhor opção, por resultar na morte de menos pessoas. Mas eu, por muito que soubesse isso, não faria nada. Não porque não pretendesse fazer nada, mas sim porque nunca conseguiria decidir entre as duas opções.

Resumindo, eu às vezes posso saber qual é a melhor escolha e não a executar porque as outras também têm vantagens. Não me lembro se isto alguma vez me aconteceu. Sou horrível a tomar decisões. Eu até pagava por uma versão da vida em que as escolhas fossem mais fáceis... Quem me dera que a liberdade nunca pudesse ser um fardo!

domingo, 23 de março de 2008

Porquê carneirinhos, e não cavalinhos?

Quero saber qual é a relação entre o acto de contar carneiros e o processo de adormecimento. Acho estranho que contar carneiros seja um método de adormecer. Porque não contar cavalos? Chitas? Caracóis? Galinhas? Grilos? Deve haver qualquer coisa de especial com os carneiros, e eu quero saber o que é.
Suspeito que seja o facto de andarem em grupos, e devagarinho, e serem grandes, de modo que são fáceis de contar. Os cavalos e as galinhas são demasiado rápidos, os caracóis são demasiado lentos (e pequenos) e os grilos são demasiado pequenos.
De qualquer maneira, penso que ha uma relação entre a monotonia da contagem dos carneiros e o adormecimento. Ora, o número de carneiros (que é a resultante da dita contagem) contados aumenta com o tempo. Assim, fazendo esse número, n, em função do tempo t, verifica-se que a função obtida nunca é decrescente, tem patamares. De forma global, é uma função com monotonia crescente, pelo que é fácil de compreender por que é que é tão eficaz a fazer as pessoas adormecer.
Assim sendo, para tornar mais eficaz este método, proponho que o número de carneiros seja dado por uma função exponencial; a monotonia será ainda mais crescente e provocará um sono mais profundo em menos tempo.

sábado, 22 de março de 2008

Poema à Morte

Tu, perversa assassina,
Feroz e impávido animal,
Besta-mor ao serviço do mal,
Demónio da má sina,

Tem vergonha, grande parva,
Tem vergonha nessa cara!
Faz dieta, sua alarve,
Pára de comer comida cara!
É que, sabes, já engordaste
Demais para o meu gosto
A comer o que não devias!

Quero que sejas demitida do teu posto,
Que se dissolva a instituição que fundaste,
Que pagues caro o que fizeste,
Que vás para a cova
E de lá nunca mais voltes!

Eu mando, ordeno, requeiro e demando
Que vás dar uma volta ao infinito,
Que nunca mais voltes a este mundo!
Se me desobedeceres,
Sentirás a minha ira destruir-te
A ti e ao teu maldito poder!

Acabou tudo, miúda tolinha!
(Como se alguma vez tivesse começado!)
Nem os rapazes gostarão de ti,
A não ser que cortes com o passado!

Por isso, ouve bem o que te digo...

Com a sétima te acuso,
Com a quintilha te escorraço,
Com a sextilha te ameaço;
Com uma quadra te insulto,
E com a outra te aconselho.
E com esta oitava eu te dou
Um conselho final:
Porta-te bem, rapariga!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A morte da bezerra

Como todos sabem, a morte da bezerra é muito conhecida - e, pelos vistos, objecto de intriga. Quantas vezes não ouvimos uma pessoa dizer a outra "Estás a pensar na morte da bezerra."? É o que a experiência me diz, e (aqui vai um niquito de filosofia) também era ela que falava a Espinosa.
Considerando que o determinismo radical (vocês sabem, aquele que diz que as nossas acções estão totalmente e irrevocavelmente determinadas, blá, blá, blá,...) é falso, e que era defendido por Espinosa, penso que a morte da bezerra não é motivo para alarme. Com toda a certeza, devem existir milhões de bezerras, se morrem assim tantas. Aliás, se qualquer pessoa em qualquer momento pode pensar na morte da bezerra, então, teoricamente, existe um número infinito de bezerras. Onde elas estão todas alojadas, já é outra questão. A minha teoria é que existe algures uma espécie de buraco negro ao contrário, que expele uma ou mais bezerras sempre que outra morre. Pelo contrário, se eu estiver errado e, de facto, as bezerras nascerem a um ritmo mais lento que aquele a que elas morrem, então estamos em sarilhos. Quando acabarem as bezerras, o que é que vamos dizer a uma pessoa muito pensativa? Que está a pensar na morte do bezerro? E quando os bezerros acabarem? Que está a pensar na morte da galinha? E quando as galinhas acabarem? E por aí fora, até não haver mais nada para destruir senão nós mesmos.
Assim, concluo que devemos abandonar urgentemente o uso da expressão "morte de qualquer coisa" para designar o pensamento profundo. É extremamente perigoso. Aliás, até tenho uma sugestão para uma substituta. Que tal dizer "Estás a pensar no parto da bezerra? Pára já com isso! Coitada da mãe, não sabes o que ela sofre.". Assim, sim.

Dissertações várias (sim, eu sei que o título é fraquinho)

A.S. - Não sou responsável por erros ortográficos contidos em citações.
A.S. 2 - A.S. quer dizer Ante Scriptum (antes da escrita).
A.S. 3 - Este post está assinado porque me apeteceu.
A.S. 4 - Não pus isto nos P.S.'s porque ficava mal por estas coisas depois na assinatura (se calhar ainda fica pior assim, mas pronto).A.S. 5 - Por vezes, as leis que saem da cabeça dos ministros são tão más ou piores que aquelas que saem da cabeça dos deputados.

Caros leitores,
Então, como vai a noite?
Eu acho que vai bem. Hoje tenho várias coisas de que falar e para desanuviar um pouco o ambiente vou falar de todas no mesmo post.

Hoje vou falar de sete temas:

Tema A: Insanidade mental
"Sim, eu sei que depois de se ler que a pessoa que escreveu aquilo é fanática pelo Sr. Cristiano Ronaldo já era compreênsivel toda a série de danos cerebrais."
in Peugo enrugado no calcanhar

Até que enfim, alguém vem corroborar a minha teoria. Pena que isso fique restrito a um caso específico. Qualquer pessoa que seja fanática (e com isto digo realmente fanática, não me refiro à maior parte das pessoas - embora em Portugal haja uma quantidade significativa de gente que não é assim) por futebol tem um sério problema mental. Ora raciocinem lá comigo. Do que se trata o futebol? De um desporto corrupto (lembrem-se do Apito Dourado), completamente comercializado, capitalistalizado, e corrupto. A única coisa que vale ver a pena é os jogos da Selecção (vocês sabem, aquela equipa que é dirigida pelo Scolari) e isso é pela honra do país (argumento que só é válido para pessoas minimamente nacionalistas, em que eu orgulhosamente me incluo, embora sonhe ir para outro lado qualquer, quando puder, a não ser que Portugal tenha um surto de desenvolvimento qualquer entretanto.). O mesmo vale para o Cristiano Ronaldo. E para qualquer figura do futebol português. E quem admirar outros jogadores, 'tá porreiro. Quem os adorar como deuses, precisa de se acalmar um bocadinho.

Tema B: Moderação de comentários
Há bocado, estava eu a comentar um certo blog, quando o meu comentário não entrou à primeira. Tentando à segunda, funcionou. Mas entre as duas tentativas, ainda estive para atribuir a culpa a uma coisa chamada moderação de comentários, que qualquer pessoa suficientemente azarada sabe perfeitamente o que é. De qualquer das maneiras, aproveito para dizer que acho isso uma má ideia. Sim, eu sei que puseram um comentário estúpido no meu blog, mas isso não muda a minha opinião. O que se deve fazer é fazer o comentário mais negativo possível ao comentário parvo. Censurá-lo só atrai mais confusão.

Tema C: Depois da morte
A morte não existe de facto (pelo menos ao nível não-fisico-biológico), pelo que qualquer tentativa de falar dela é inútil. Porém, penso que vale a pena dar-me ao trabalho de perceber porquê.
Ora bem, então é assim. Estamos nós muito conscientes de muitas coisas, uma das quais o facto de que estamos conscientes, e de repente, pimba! não sentimos nada. Meus queridos, quem acreditar nisto é um totó. É óbvio que uma pessoa nota se deixar de estar consciente, não é? Então se realmente morre, como é que isso é possível? Reparem no paradoxo! Uma pessoa tem de continuar viva para se aperceber de que morreu! A Igreja, os cientistas e o senso comum que se danem. Estão TODOS errados.

Tema D: O que fazer quando achamos que não temos nada para dizer, ou que o que nós escrevemos tem menos qualidade que as leis que saem do Parlamento
Quando acontece uma situação como a que descrevo no título do tema, o que devemos fazer é... pensar assim: "vai lixar-te, falta de qualidade". Se formos positivos acerca do interesse do que escrevemos, é óptimo. É assim mesmo. Sejamos confiantes! Escrevamos! Escrevamos!

Tema E: Algumas palavras sobre a mediocridade dos três temas anteriores
Sim, eu sei que deste texto só o tema A é que vale alguma coisa. Os outros três são só coisas ao calhas. Se não concordarem com esta estúpida afirmação, tanto melhor - para vocês, que não apanham seca - e para mim, que fico um niquito mais feliz. Mas há coisas que me fariam muito, muito mais felizes... <3

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A Alpercata e o Dicionário

Estava eu a ver significados de palavras no dicionário, quando encontrei a palavra alpercata. Fui ao dicionário, e ele disse-me que alpercata era uma variação de alparcata. Fui ver o signficado de alparcata: o dicionário diz que é "o mesmo que alpargata". Fui ver o que queria dizer alpargata: e o calhamaço diz que é "o mesmo que alparca". Vou ver o que significa alparca: "espécie de calçado, cuja sola se ajusta ao pé por meio de tiras de couro ou de algum tecido.". Ah, finalmente encontrei a definição!

E depois admiram-se que não gostemos de trabalhos de pesquisa...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Detesto palavrões!

De onde veio esta linguagem estúpida? De onde vieram estes palavrões idiotas? É revoltante. Só gente porca usa termos daqueles. Apetece-me cuspir e vomitar em cima desse tipo de pessoas. Bleargh!!!!


Para um exemplo, cliquem aqui. (emenda: e vejam o comentário do "anónimo")


P.S. - Acho que vou guardar os vómitos para aqueles trabalhos da escola mesmo irritantes - ou, mais precisamente, para o facto de ser obrigado a fazê-los. :)

Alguns pensamentos sobre a razão pela qual alguns trabalhos da escola são tão irritantes

Tenho andado a pensar no problema da imposição de trabalhos de que podemos não gostar, e acho que já o percebi. O problema, no meu entender, não é a existência das leituras, dos trabalhos de pesquisa, dos exames, dos testes intermédios, e doutras coisas, mas sim o facto de serem obrigatórios. Pois tenho eu andado a pensar e vejo claramente que o que mais me aborrece não é fazer os trabalhos, e ler os livros (dos quais até tenho gostado), ou fazer os exames, ou os testes intermédios, mas sim o facto de ser obrigado a fazê-los. A obrigação é que chateia, porque faz com que sintamos a nossa liberdade a ir pelo cano abaixo. Isto assim não pode ser.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Um textozeco sobre valores

Sem dúvida, pelo menos, a mim me parece, os valores morais e epistemológicos (relativos ao conhecimento) são universais. Mas os valores estéticos? Os valores religiosos? Parecem-me ser subjectivos. A pergunta é: porquê esta diferença?

Para mim, a resposta é simples: os valores são universais quando dizem respeito a algo que é comum a toda a gente, a todas as pessoas, a todo o universo. Por exemplo, a moral diz respeito à humanidade; se esta é característica de todo e qualquer ser humano, então é universal. O mesmo se aplica ao conhecimento: sendo objectivo, é o mesmo para todos, mesmo que não seja igualmente conhecido por cada pessoa. Daí se segue que é também universal.

Por outro lado, os valores estéticos dependem claramente do gosto de cada um, das preferências que cada um tem, bem como da cultura em que as pessoas estão inseridas (aqui aplica-se também o relativismo cultural): são, assim, subjectivos ou relativos, pois não há gostos universais, que valham para todas as pessoas. O mesmo acontece com os valores religiosos - as crenças teológicas (relativas a deuses) variam por todo o mundo; não existem meios a priori ou a posteriori que permitam conhecer a existência e a natureza dos deuses. Logo, os valores religiosos são subjectivos.

Assim, concluo que tanto o subjectivismo como o objectivismo e até o relativismo cultural têm um pouco de razão, e que quem defender apenas uma destas teorias pode apenas fazê-lo relativamente a determinados tipos de valores, e não à valoração como um todo.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Lopes e as Barras de Manteiga

Era uma vez um mundo onde o seguinte era verdade, porque uma rapariga o dissera, e as raparigas estão sempre certas:

Aquele rapaz tem um coração de ouro. Aquele rapaz tem um coração de manteiga. Logo, o ouro é manteiga, e vice-versa.

Nesse mundo, um dia, Lopes comprou uma grande quantidade de ouro para barrar no pão.
Mas, enquanto ia para casa, encontrou um cubo de manteiga, com 10 cm de aresta. Incrível! E, nesse momento, teve a melhor ideia que algum ser humano tinha alguma vez tido.
Quando chegou a casa, entrou na cozinha. Pousou o ouro na mesa. Em seguida, aqueceu o forno a 1000ºC, depois de ter colocado a manteiga lá dentro.
Quando a manteiga acabou de aquecer, retirou-a, com luvas isolantes, colocou-a 10 minutos no congelador, e depois colocou-a num tabuleiro.
Em seguida, verteu a manteiga fundida sobre o ouro, cobrindo-o na totalidade. Fez isto com cada um dos pacotes de ouro.
Depois, foi à Feira da Gatuna e vendeu cada um dos pacotes de ouro cobertos com manteiga por 1000 wizardis a barra.
A burla funcionara bem, mas, como é óbvio, os manteiguives que compraram o produto de Lopes cedo descobriram que era falso. Porém, quando foram à procura dele, já havia há muito fugido para as Chibérias, pelo que nunca mais o conseguiram apanhar.
E Lopes ficou com 10000 wizardis e um montão de frio.

sábado, 19 de janeiro de 2008

Venho por este meio informar que...

Seja quem for o inventor das agulhas, gostaria de lhe expressar o meu descontentamento, esteja ele onde estiver. Sempre que vejo uma agulha ou seja o que for que pique, fico apavoradíssimo. Mesmo. Odeio agulhas.
Tenho dito.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Pequeníssimo ensaio sobre o motivo pelo qual os políticos retrógrados não prestam

Chega. Estou farto. Isto assim não funciona. Aqueles que governam até podem ser competentes para mandarem em pessoas da geração deles. Mas, quando vem a geração seguinte, falham quase sempre (como é o caso).
Claro, isto é porque na política se preferem pessoas com experiência. O problema é que não sabem lidar com as mudanças sociais (e de todos os tipos, na verdade) que a juventude traz sempre consigo. O resultado, como seria de esperar nestas circunstâncias, é péssimo.
Penso que devíamos contratar políticos mais jovens, ou pelo menos, que saibam lidar com eles - e com a "revolução" que a sua acção acarreta. Desta forma, o Governo tomará decisões não a pensar no presente, mas sim no futuro, pois o que realmente importa é que caminhemos para um futuro melhor, e que façamos com que esse futuro seja o mais próximo possível de hoje.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Emenda ao post do programa de computador com personalidade

Não era area/12/anx_prjkt. Era anx/12/area_prjkt.
Tenho dito.

P.S. - Uau! Uma emenda a um post de Novembro do ano passado!!!

Com que então os amigos já não chegam!?

E aqui estou eu, a escrever. Sobre a minha vida, claro está. Claro que a minha vida está boa. Mas não tanto como antes...
Até agora, bastavam-me os amigos para não estar na solidão. Mas agora já não é assim. Mesmo tendo bons amigos com quem contar, agora acho, não, tenho a certeza, de que me falta mais qualquer coisa. Nomeadamente, uma alma gémea...
Mas que alma gémea?
Isso, eu não sei... Mas uma coisa sei: isto é uma das já incontáveis provas de que cresci.
Bem, termino dizendo que estou vivo, mas que, uma vez que tenha encontrado a tal alma gémea (perdoem-me a repetição... não estou com imaginação para encontrar sinónimos), estou absolutamente certo de que sentirei que não posso viver sem ela.

(Texto escrito em 25 de Dezembro de 2007).

P.S. - Este texto é tão lamechas. Ainda por cima no Dia de Natal...

P.P.S - Olha só que mania de escrever P.S.'s atrás de P.S.'s!!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Emenda ao post sobre a vida num rectângulo

P.P.P.S. - Peço desculpa pela falta de precisão do número de estados possíveis do rectângulo. Tenho dito.

A nossa vida dentro de um rectângulo

Isto é desconcertante.
A nossa vida cada vez mais está a passar para um pequeno rectângulo (o meu tem 13 polegadas e é panorâmico). Esse rectângulo tem milhares ou até milhões de pontos (no meu caso, são 1 024 000). E por esse número incrível de pontos que passam conversas. Passam informações de todos os tipos. Imagens. Vídeos. Músicas não, com certeza. Filmes sim, pois claro. Letras, histórias, poemas. Desabafos.

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A minha vida é isto!!

Vejamos. Cada ponto pode mostrar 16 777 216 cores. Ora, isto quer dizer que os nossos rectângulos podem estar em 1,7179869184 x 10^13 estados! Dezassete biliões! Incrível!!!

P.S. - Eu sei que este post é a sopa mais insossa que alguma vez foi publicada neste blog, mas eu sentia a necessidade de publicar alguma coisa.

P.P.S. - Espero que gostem do novo aspecto do meu blog.

domingo, 6 de janeiro de 2008

MALDITOS SEJAM OS TRABALHOS DE PESQUISA!!!

Que coisa! Que mania de mandar fazer pesquisas a torto e a direito! Trabalhos de pesquisa para ali, trabalhos de pesquisa para acolá.
Embora seja verdade que se pode aprender com os trabalhos de pesquisa, são muito maçadores e demorados. Não é fácil juntar aquela informação toda, coordená-la e produzir um trabalho coerente a partir dela. E, ainda por cima, as pesquisas costumam ser sobre temas terrivelmente desinteressantes. Pesquisar informação para a biografia de uns quantos escritores. Que maaaaaaçaaaaaada. Ainda por cima, a informação nem sequer é assim tão fácil de encontrar.
Os trabalhos de pesquisa são a minha terceira maior cruz (a Cruz de Bronze!). Grrrrrrrrr!!!!
P.S. - Como se não bastasse, eu não tenho sequer grande jeito para procurar coisas. Já viram a indecência? Grrrrr!!!! ODEIO FAZER TRABALHOS DE PESQUISA!!!!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Escalada para o Paraíso

Está um dia de Inverno
A tender para nublado;
Estou na sombra de uma árvore
À espera que o Sol volte de vez.

Estou longe do Inferno,
Mas não mais perto do Paraíso;
Subo a custo, e para aí vou andando.

Mas, enquanto não subir,
Que eu não deixe de segurar a corda
Com que subo esta íngreme montanha;
Afinal, como se costuma dizer,
A esperança é a última a morrer.

Olá, 2008!

O ano velho passou. E não fiz uma nota de fecho dele hoje, e acho que devia ter feito.
Não é que tenha muita importância o facto de 2007 ter finalmente acabado - sim, porque para mim demorou séculos a passar -, mas é um bocado estúpido cair-nos um ano novo inteirinho em cima e eu não dizer nada.
Ano novo, vida nova, certo? Parece-me que sim. Uma das coisas que aplaudo neste momento é a nova lei do tabaco, que entrou hoje mesmo em vigor. Na minha opinião, é a única coisa que o Governo fez bem até hoje. Espero que não seja só um surto de sorte...
Este ano acho que tenho de crescer. Tanto fisicamente como psicologicamente, pois é. E também quero resolver aquele maldito imbróglio que se me apresentou. Bem, agora vou é pensar em coisas felizes, que isso só faz é bem.
O que podemos esperar de 2008? Muita coisa, embora eu não saiba se tudo o que acontecer será bom (como é óbvio! Por que é que eu estou a dizer isto?). Por mim, gostava que o seguinte acontecesse:

- O Governo da China (juntamente com todos os outros regimes ditatoriais do mundo) se finasse;
- Os testes intermédios e os exames desaparecessem de vez;
- A pena de morte batesse a bota no mundo inteiro;
- A indústria discográfica fosse ter com os anjinhos;
- Acabassem as guerras todas;
- As doenças fossem todas parar ao Inferno;
- Toda a gente a que não desejei desgraças (incluindo eu - passe a redundância) fosse feliz. (o "a que não desejei desgraças" é para não contradizer a maior parte dos outros pontos);
- A morte e a velhice esticassem o pernil;
- O planeta fosse salvo.

Por mim, se acontecer isto estou satisfeito, embora, claro, se a sorte me quiser bafejar a mim ou a mais alguém (isso é só para não parecer egoísta) com mais benesses do que as que aqui peço, que não se abstenha de o fazer, entendido? Estes pedidos não são exclusivos.
Desejo a todos um feliz 2008!