quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Um universo alternativo

O rapaz continua a sua caminhada pelo passeio.

Está sozinho. Sempre esteve. Enquanto caminha, olha à sua volta, principalmente para as casas e os edifícios. Porque as pessoas não lhe interessavam quase nada. Para ele, elas só lhe complicavam a vida, só se metiam no caminho. Por isso, não tinha amigos.

Ele não ia a festas. Uma vez fora, mas aborreceu-se porque, sozinho, não valia a pena. Sem ser as aulas e quando saía com os pais, ficava em casa.

Parece uma vida muito aborrecida, mas para ele, não o era mais do que a de outra pessoa qualquer. Entretinha-se a imaginar novos propósitos para o que via à sua volta, a escolher um novo contexto para eles. Sozinho.

Ele chegou a casa. Diz boa tarde aos pais. Depois vai lanchar. Depois vai fazer os trabalhos de casa.

E depois vai divertir-se sozinho.

E é assim que são todos os dias da vida do rapaz.

Sem comentários: