sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Um blog hilariante.

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quinta-feira, 9 de outubro de 2008

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A vida.

Existe, na escola, uma disciplina que nos ensina que a vida raramente é rectilínea. Que, em certos pontos da vida, precisamos de fazer uma mudança de planos, de nos projectarmos noutra direcção, pois o plano que temos não resulta. Temos, muitas vezes, que passar obstáculos, e aí é essencial não nos atirarmos de forma aleatória, descuidada, oblíquos aos problemas, bem como termos abertura de espírito, um bom ângulo de visão, para podermos avaliar situações alternativas, ver as coisas de outra perspectiva.
É necessário ir assumindo várias atitudes, conforme as situações. Umas vezes é imprescindível ser-se frontal e dizer logo a verdade. Outras, é necessário ser-se rasteiro, esquivo, andar pelas fendas horizontais das paredes, quando todos os quadrantes nos perseguem, de maneira a mantermo-nos afastados deles tanto tempo quanto possível. Aí, também precisamos de saber rebater corajosamente todas as tentativas dos outros para nos deitar abaixo e interromper para sempre o nosso progresso.
Quando chega a altura de subir a montanha da vida, são necessárias muitas precauções. Nunca se deve tentar subir logo na vertical, devemos antes construir uma sólida rampa, com uma inclinação adequada, como um método auxiliar para nos ajudar a chegar ao topo.
Porém, uma vez aí chegados, os cuidados não acabam. No cume da montanha há um declive que nos faz deslizar lentamente para as arestas bem afiadas lá em baixo. Por isso, temos de nos agarrar com firmeza ao vértice.
Todavia, tudo isso não chega. Mesmo bem seguros no topo, é da maior importância que não fiquemos deitados à sombra da bananeira, e, acima de tudo, que nos mantenhamos fiéis ao perfil da nossa personalidade e aos traços do nosso carácter, pois só assim será visível a nossa verdadeira grandeza.

domingo, 5 de outubro de 2008

Balanço de quase meia década.

Já não me lembro como foi aquele dia em Setembro de 2004. Sei que tinha uns magros dez anos na altura. Também sei que era pequenino (foram eles que me contaram). Mas não me lembro do momento em que me aproximei pela primeira vez deles. É pena.

Quatro anos depois, estou aqui a escrever, sentado sozinho em frente ao computador, olhando com tanta clareza como possível para o caminho que trilhei até aqui. E, pelo que vejo, concluo que, se alguém me tivesse visto pela última vez há quatro anos, jamais me reconheceria agora. Mudei demasiado para que isso fosse possível, e não só fisicamente. Hoje estou pela primeira vez a ter experiências que naquela altura seriam totalmente impensáveis. Que nem eu, que tão frequentemente devaneio pelos inúmeros caminhos imaginários da minha vida, imaginava na altura. Ou talvez o tenha feito - não tenho forma de saber. Também não interessa. O que interessa é que essas coisas aconteceram.
Há quatro anos, fazer parte de fosse que grupo fosse era senão uma miragem. Sair à noite era uma loucura completa que jamais devia ousar tentar sequer. Dormir fora de casa era tão absurdo como dizer que dois mais dois eram cinco. Ir a bares era para maiores de 16, ponto final.
E onde estou eu hoje? Num grupo de sete pessoas (contando comigo). Seis amigos próximos. Deles quero destacar, desde já, quatro, os que estiveram comigo desde o princípio. São eles a Duda, a Mary, a Ni, e o João. Por três anos eles mantiveram o monopólio das minhas amizades - e, claro, ainda hoje têm uma posição especial no meu mundo. Foi com eles que deixei a infância para trás de vez e entrei, sem grande estardalhaço, na adolescência que agora estou a viver. Foi com eles que passei a achar normal sair de casa e voltar a altas horas da noite. Fazer o que qualquer outro adolescente da minha idade já faria, provavelmente, há mais tempo.
Porém, destes quatro, vou destacar uma pessoa. A Duda. Porque os outros três me ajudaram muito, mas foi primariamente ela que me guiou pelos na altura tenebrosos e obscuros caminhos da socialização.
Na verdade, estas quatro pessoas de que falei fizeram mais por mim nos últimos quatro anos que os meus pais. E foi aos "6 VIP's" que confiei um dos meus segredos mais íntimos. Os meus pais não sabem esse.
Muitos problemas que eu tinha a socializar, foram resolvidos. Os problemas que agora enfrento e que penso que enfrentarei daqui por diante são de uma natureza diferente. Esses, só eu os posso resolver. Há perguntas a que só eu mesmo posso responder, e são, por uma infeliz coincidência, aquelas que são mais difíceis de entender. Isso angustia-me, olhar para algumas coisas e não encontrar um sentido nelas.
E é disso que preciso, acima de tudo. De encontrar um sentido para a vida. Para que nunca chegue o dia em que não saiba o que hei-de fazer a seguir. E tenho de ser eu a delinear o plano. Porque, bem, não faria sentido que não fosse.