quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sobre os meus amigos

Recentemente, a MariaEduarda escreveu um texto (a leitura do qual recomendo vivamente), em que fazia um balanço da importância dos seus amigos na sua vida. Inspirado por isto, eu resolvi imitá-la desavergonhadamente, e aqui está o resultado:


Eduarda Pereira - Onde estaria eu se não fosses tu? Como já referi, em finais de 2004 eu era um anti-social de primeira, e um desajeitado de segunda, e tu puseste-me a fazer todo o tipo de coisas que nunca tinha feito antes: atar os sapatos, sair de casa com uma coisa chamada "amigos", entre outras actividades sociais várias. São também notáveis, neste campo, as numerosas festas que se realizaram em tua casa. Já é a terceira vez que o pessoal dorme lá. (Milagre, hein? Eu? A dormir fora de casa?) E, agora, vejo-te apaixonada, já no segundo namorado (pelo menos que eu saiba), e, graças a isso, descobri que a lógica nem sempre funciona e que, por vezes, a emoção cega-nos. Em ambas as vezes que tu te apaixonaste, eu estive lá, falei contigo, mais que não fosse através do mensageiro (como tu gostas de lhe chamar), e, em ambas as ocasiões, tive a oportunidade de te ajudar a ver as coisas melhor, para que não cometesses algum erro. Soube realmente então o que é ajudar um amigo, ou, neste caso, uma amiga. A prova dessa amizade? Já nos zangámos mais vezes que as estrelas que há no céu, e, agora mesmo, continuamos unidos, como se nada fosse. Não são todas as relações que se aguentam assim, e tenho a certeza absoluta de que não será amanhã que esta perecerá.


João Coelho - Sendo o único rapaz que, tal como eu, tem propensão para não se querer meter muito em barulhos, confusões e desordem, e um dos pouquíssimos que se preocupa com o seu futuro, não é de espantar que seja também o único que eu posso, com certeza absoluta, apelidar de melhor amigo. Não bastasse já isto, há ainda os interesses comuns: ambos gostamos de ler e escrever (belas histórias, essas que vamos trocando e que agora me obrigam a "mudar de MSN"). É notável também o teu papel naquelas situações em que eu "breco", em que tu vens chamar-me à razão (e, muitas vezes, bem), enqanto a Duda me dá um ralhete dos bons. E a coisa, quatro anos depois, continua. E estou confiante que assim será durante muito tempo.


Alexandra Pereira - "Quem é esta doida?". Assim se abriu o caminho para mais uma fabulosa amizade com uma fabulosa pessoa. Não escrevo tanto sobre ti, porque cá estás há menos tempo, e não tiveste tantas oportunidades para ter um impacto em mim, mas, só num ano, vê-se que és uma excelente confidente e que, mais importante, tal como a Eduarda, és uma excelente amiga. Oxalá assim continue.


Daniela Baptista - A amiga que passa metade do intervalo na casa de banho. Ainda me lembro bem daquele episódio, em que eu, acidentalmente, "denunciei" a "ignorância" da Duda, e tu foste fazer de juíza. Foste espectacular. E em tudo o resto também. Que permaneça assim.


Mariana Castro - És a prova viva de que a amizade não é proporcional ao tamanho. Tudo aquilo que eu te digo, tu estás disposta a ouvir. Mesmo quando há problemas, tu consegues manter a calma e, na maior parte das situações, não explodir. Para mais, agora, temos a GD como ponto de união. Com quem mais da turma falaria do assunto? E quem mais perceberia as fabulosas piadas a que essa excelente disciplina abre as portas? Nós somos os "diferentes" da turma. Só nós temos aquela hora de almoço "jumba", que é extremamente útil e relaxante. Tem montes de piada mostrar os exercícios de geometria aos outros e perguntar-lhes "quantos cubos estão desenhados?" e ouvi-los dizer "isso é tudo riscos". Parece estúpido? Talvez seja. Mas em tudo há uma pitada de estupidez, ou pelo menos assim parece. Desejo sinceramente que esta amizade se mantenha por muitas décadas.


André Alguém - Não sei o que fazer contigo. Não sei se te devo ver como um verdadeiro amigo ou como um gozão de primeira. Sei que foste importante para a Duda. Talvez ela tenha sido importante para ti. Tu gastas-me energia e mais energia a tentar encontrar o sítio onde encaixas na minha vida. Umas vezes parece que estás a ir bem, outras és a criatura mais insuportável à face da Terra.


Muitos mais me apareceram pela frente, claro. E tenho mais uns (poucos) amigos. Mas estes são aqueles com quem convivo todos os dias, e que tiveram, e ainda têm, o maior impacto na minha vida.

A ver vamos o que 2009 traz a nós os sete.


P.S. - Ah, e desculpem a não-actualização do blog. Sabem, agora a Ligação BOF tem dado muito que falar... vejam lá todos os meus textos que não são sobre mim.