quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Eh pá, querem ver que o miudas "crescidas", mentalidades nulas fechou? Que chatice. Era excelente.

Para quem ainda não viu, ainda há a cache do Google.
Premissa 1: um sistema imunitário fraco leva a que tenhamos maior probabilidade de morrer de gripe A.
Premissa 2: o uso frequente de álcool para lavar as mãos enfraquece o sistema imunitário.
Premissa 3: as autoridades de saúde recomendam o uso frequente de álcool para lavar as mãos.

Conclusão: as autoridades de saúde querem que nós morramos de gripe A.

Eu sabia que tinha que haver alguma teoria da conspiração sobre a gripe.

Alguém me explique o que se está a despassar

Uma das banalidades mais curiosas no uso da língua portuguesa é o recurso ao termo "destrocar". Nunca ouvi ninguém fazer-me um pedido para trocar determinada quantia de dinheiro sem utilizar exclusivamente essa palavra. Naturalmente, podemos tirar daqui algumas ilações. Primeiro, estas pessoas são masoquistas, pois pedem precisamente o contrário daquilo que querem. Segundo, são todas anarquistas, pois, tal como eles, opõem-se consistentemente a um sistema estabelecido. Terceiro, têm medo da gripe A, pois estão a tentar, pelo menos subconscientemente, evitar que outros toquem no seu dinheiro (pois a operação de destroca é extremamente simples, especialmente pelo facto de ser impossível sem uma troca prévia).

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Baratas

Toda a sopa tem
pelo menos uma barata.

Há tres tipos de baratas:
as afogadas,
as vivas
e as inexistentes.

As primeiras encontram-se
comendo a sopa; e sabem a podre
do tempo que estiveram mortas.

As segundas só se encontram
depois de se esgotarem as primeiras;
estão à mão, mas não lhas deitamos.
Costumam saber a barata.

As terceiras, como não existem,
têm de se inventar;
uma vez inventadas,
sabem a ar, de não existirem.