sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Canetas brilhantes

Eu não gosto muito das canetas normais, a não ser que sejam pretas. Isto não se deve a nenhum problema com as canetas normais, mas sim a um outro tipo de canetas com características especiais que, ao contrário destas, têm um valor estético significativo. Falo, claro das canetas brilhantes. Parecem ser igualmente inúteis, mas só diz isso quem ainda não abriu uma lição com uma dessas canetas com o sol a rasar obliquamente a página do caderno. As letras cintilantes são belíssimas (Aliás, quase tudo o que cintila o é). Quase dá vontade de escrever tudo com a caneta brilhante, só que isso a esgotaria muito depressa, e o brilho magnífico da tinta é precioso, de forma que convém poupá-lo para ocasiões especiais, como o início das lições, a escrita dos sumários, ou algum cabeçalho "especial".

Ajudas à produção

Recentemente, tenho observado que as secções de patrocínios dos programas de televisão deixaram de ser designadas por "patrocínios", passando a ser utilizada a nomenclatura "ajudas à produção". Este comportamento é totalmente inesperado e não existe motivo aparente para que tenha acontecido, a não ser a má reputação da palavra "patrocínio". De facto, as pessoas, hoje em dia, parecem considerar toda a publicidade enganosa.
Infelizmente, esta tentativa de esconder os incentivos financeiros à publicidade nos programas é um tiro no pé. As pessoas estavam tão habituadas aos patrocínios que nem reparavam neles. Agora, vêem "ajudas à produção" e são capazes de ter algumas suspeitas.
(É também possível que tudo isto se trate de alguma legislação esquisita, mas tenho dúvidas. Faço notar que não penso que o termo seja falso: apenas julgo que é um uso pouco recomendável da sinonímia.)

sábado, 7 de novembro de 2009