quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

A morte da bezerra

Como todos sabem, a morte da bezerra é muito conhecida - e, pelos vistos, objecto de intriga. Quantas vezes não ouvimos uma pessoa dizer a outra "Estás a pensar na morte da bezerra."? É o que a experiência me diz, e (aqui vai um niquito de filosofia) também era ela que falava a Espinosa.
Considerando que o determinismo radical (vocês sabem, aquele que diz que as nossas acções estão totalmente e irrevocavelmente determinadas, blá, blá, blá,...) é falso, e que era defendido por Espinosa, penso que a morte da bezerra não é motivo para alarme. Com toda a certeza, devem existir milhões de bezerras, se morrem assim tantas. Aliás, se qualquer pessoa em qualquer momento pode pensar na morte da bezerra, então, teoricamente, existe um número infinito de bezerras. Onde elas estão todas alojadas, já é outra questão. A minha teoria é que existe algures uma espécie de buraco negro ao contrário, que expele uma ou mais bezerras sempre que outra morre. Pelo contrário, se eu estiver errado e, de facto, as bezerras nascerem a um ritmo mais lento que aquele a que elas morrem, então estamos em sarilhos. Quando acabarem as bezerras, o que é que vamos dizer a uma pessoa muito pensativa? Que está a pensar na morte do bezerro? E quando os bezerros acabarem? Que está a pensar na morte da galinha? E quando as galinhas acabarem? E por aí fora, até não haver mais nada para destruir senão nós mesmos.
Assim, concluo que devemos abandonar urgentemente o uso da expressão "morte de qualquer coisa" para designar o pensamento profundo. É extremamente perigoso. Aliás, até tenho uma sugestão para uma substituta. Que tal dizer "Estás a pensar no parto da bezerra? Pára já com isso! Coitada da mãe, não sabes o que ela sofre.". Assim, sim.

Dissertações várias (sim, eu sei que o título é fraquinho)

A.S. - Não sou responsável por erros ortográficos contidos em citações.
A.S. 2 - A.S. quer dizer Ante Scriptum (antes da escrita).
A.S. 3 - Este post está assinado porque me apeteceu.
A.S. 4 - Não pus isto nos P.S.'s porque ficava mal por estas coisas depois na assinatura (se calhar ainda fica pior assim, mas pronto).A.S. 5 - Por vezes, as leis que saem da cabeça dos ministros são tão más ou piores que aquelas que saem da cabeça dos deputados.

Caros leitores,
Então, como vai a noite?
Eu acho que vai bem. Hoje tenho várias coisas de que falar e para desanuviar um pouco o ambiente vou falar de todas no mesmo post.

Hoje vou falar de sete temas:

Tema A: Insanidade mental
"Sim, eu sei que depois de se ler que a pessoa que escreveu aquilo é fanática pelo Sr. Cristiano Ronaldo já era compreênsivel toda a série de danos cerebrais."
in Peugo enrugado no calcanhar

Até que enfim, alguém vem corroborar a minha teoria. Pena que isso fique restrito a um caso específico. Qualquer pessoa que seja fanática (e com isto digo realmente fanática, não me refiro à maior parte das pessoas - embora em Portugal haja uma quantidade significativa de gente que não é assim) por futebol tem um sério problema mental. Ora raciocinem lá comigo. Do que se trata o futebol? De um desporto corrupto (lembrem-se do Apito Dourado), completamente comercializado, capitalistalizado, e corrupto. A única coisa que vale ver a pena é os jogos da Selecção (vocês sabem, aquela equipa que é dirigida pelo Scolari) e isso é pela honra do país (argumento que só é válido para pessoas minimamente nacionalistas, em que eu orgulhosamente me incluo, embora sonhe ir para outro lado qualquer, quando puder, a não ser que Portugal tenha um surto de desenvolvimento qualquer entretanto.). O mesmo vale para o Cristiano Ronaldo. E para qualquer figura do futebol português. E quem admirar outros jogadores, 'tá porreiro. Quem os adorar como deuses, precisa de se acalmar um bocadinho.

Tema B: Moderação de comentários
Há bocado, estava eu a comentar um certo blog, quando o meu comentário não entrou à primeira. Tentando à segunda, funcionou. Mas entre as duas tentativas, ainda estive para atribuir a culpa a uma coisa chamada moderação de comentários, que qualquer pessoa suficientemente azarada sabe perfeitamente o que é. De qualquer das maneiras, aproveito para dizer que acho isso uma má ideia. Sim, eu sei que puseram um comentário estúpido no meu blog, mas isso não muda a minha opinião. O que se deve fazer é fazer o comentário mais negativo possível ao comentário parvo. Censurá-lo só atrai mais confusão.

Tema C: Depois da morte
A morte não existe de facto (pelo menos ao nível não-fisico-biológico), pelo que qualquer tentativa de falar dela é inútil. Porém, penso que vale a pena dar-me ao trabalho de perceber porquê.
Ora bem, então é assim. Estamos nós muito conscientes de muitas coisas, uma das quais o facto de que estamos conscientes, e de repente, pimba! não sentimos nada. Meus queridos, quem acreditar nisto é um totó. É óbvio que uma pessoa nota se deixar de estar consciente, não é? Então se realmente morre, como é que isso é possível? Reparem no paradoxo! Uma pessoa tem de continuar viva para se aperceber de que morreu! A Igreja, os cientistas e o senso comum que se danem. Estão TODOS errados.

Tema D: O que fazer quando achamos que não temos nada para dizer, ou que o que nós escrevemos tem menos qualidade que as leis que saem do Parlamento
Quando acontece uma situação como a que descrevo no título do tema, o que devemos fazer é... pensar assim: "vai lixar-te, falta de qualidade". Se formos positivos acerca do interesse do que escrevemos, é óptimo. É assim mesmo. Sejamos confiantes! Escrevamos! Escrevamos!

Tema E: Algumas palavras sobre a mediocridade dos três temas anteriores
Sim, eu sei que deste texto só o tema A é que vale alguma coisa. Os outros três são só coisas ao calhas. Se não concordarem com esta estúpida afirmação, tanto melhor - para vocês, que não apanham seca - e para mim, que fico um niquito mais feliz. Mas há coisas que me fariam muito, muito mais felizes... <3

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A Alpercata e o Dicionário

Estava eu a ver significados de palavras no dicionário, quando encontrei a palavra alpercata. Fui ao dicionário, e ele disse-me que alpercata era uma variação de alparcata. Fui ver o signficado de alparcata: o dicionário diz que é "o mesmo que alpargata". Fui ver o que queria dizer alpargata: e o calhamaço diz que é "o mesmo que alparca". Vou ver o que significa alparca: "espécie de calçado, cuja sola se ajusta ao pé por meio de tiras de couro ou de algum tecido.". Ah, finalmente encontrei a definição!

E depois admiram-se que não gostemos de trabalhos de pesquisa...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Detesto palavrões!

De onde veio esta linguagem estúpida? De onde vieram estes palavrões idiotas? É revoltante. Só gente porca usa termos daqueles. Apetece-me cuspir e vomitar em cima desse tipo de pessoas. Bleargh!!!!


Para um exemplo, cliquem aqui. (emenda: e vejam o comentário do "anónimo")


P.S. - Acho que vou guardar os vómitos para aqueles trabalhos da escola mesmo irritantes - ou, mais precisamente, para o facto de ser obrigado a fazê-los. :)

Alguns pensamentos sobre a razão pela qual alguns trabalhos da escola são tão irritantes

Tenho andado a pensar no problema da imposição de trabalhos de que podemos não gostar, e acho que já o percebi. O problema, no meu entender, não é a existência das leituras, dos trabalhos de pesquisa, dos exames, dos testes intermédios, e doutras coisas, mas sim o facto de serem obrigatórios. Pois tenho eu andado a pensar e vejo claramente que o que mais me aborrece não é fazer os trabalhos, e ler os livros (dos quais até tenho gostado), ou fazer os exames, ou os testes intermédios, mas sim o facto de ser obrigado a fazê-los. A obrigação é que chateia, porque faz com que sintamos a nossa liberdade a ir pelo cano abaixo. Isto assim não pode ser.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Um textozeco sobre valores

Sem dúvida, pelo menos, a mim me parece, os valores morais e epistemológicos (relativos ao conhecimento) são universais. Mas os valores estéticos? Os valores religiosos? Parecem-me ser subjectivos. A pergunta é: porquê esta diferença?

Para mim, a resposta é simples: os valores são universais quando dizem respeito a algo que é comum a toda a gente, a todas as pessoas, a todo o universo. Por exemplo, a moral diz respeito à humanidade; se esta é característica de todo e qualquer ser humano, então é universal. O mesmo se aplica ao conhecimento: sendo objectivo, é o mesmo para todos, mesmo que não seja igualmente conhecido por cada pessoa. Daí se segue que é também universal.

Por outro lado, os valores estéticos dependem claramente do gosto de cada um, das preferências que cada um tem, bem como da cultura em que as pessoas estão inseridas (aqui aplica-se também o relativismo cultural): são, assim, subjectivos ou relativos, pois não há gostos universais, que valham para todas as pessoas. O mesmo acontece com os valores religiosos - as crenças teológicas (relativas a deuses) variam por todo o mundo; não existem meios a priori ou a posteriori que permitam conhecer a existência e a natureza dos deuses. Logo, os valores religiosos são subjectivos.

Assim, concluo que tanto o subjectivismo como o objectivismo e até o relativismo cultural têm um pouco de razão, e que quem defender apenas uma destas teorias pode apenas fazê-lo relativamente a determinados tipos de valores, e não à valoração como um todo.