domingo, 23 de janeiro de 2011

Belzenás e o Computador Satânico II - Parte 2

Depois de alguns minutos, cheguei a uma sala redonda já minha conhecida. Era o local onde tinha aterrado ao entrar pela primeira vez em Cibermandra. A câmara estava mais ou menos igual, tirando o facto de estar banhada numa luz laranja-escuro.

Decidi entrar pela porta à minha frente. Era pôr-do-sol e estava numa rua com muitas lojas e bastante movimento. Havia também vários homens de fato e gravata negros a patrulhá-la, mas nenhum reparou em mim.

A certa altura, a Frigiorífica estacou e miou, irritada. Virei-me e vi uma grande mercearia, que tinha um frasco de pickles em exposição na montra. Percebi logo a irritação dela, mas não tive muito tempo para pensar nisso, porque um dos homens de fato também reparou nos pickles e entrou de rompante na loja, a berrar "ALTO!".

Instintivamente, entrei na mercearia digital também. Aquilo realmente era grande! Depois de muito correr, vi o homem a agarrar numa mulher que devia ser a proprietária da loja. A Frigiorífica tentou congelá-lo, mas ele desviou-se e fugiu por uma ligação que existia por trás do balcão.

Saltei para entrar no buraco, mas antes que isso acontecesse, eu e a gata fomos projectados para trás, ao mesmo tempo que saiu uma silhueta alta e magra de lá.

- Não entrem. É demasiado perigoso. Seriam imediatamente apagados - avisou a silhueta.

Continua...

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Belzenás e o Computador Satânico II - Parte 1

Depois de muito hesitar, saí de casa. Apesar do terrível calor que fazia na rua, eu tinha de ir à sede da Didinha & Miana Companhia (onde, sim, ainda trabalho, apesar das minhas recentes aventuras), devido a uma avaria informática qualquer que ninguém mais sabia resolver. Como era perto, fui a pé.
Assim que entrei no edifício, vi que toda a gente estava em pânico, a gritar por mim, por isso subi para onde me disseram e entrei numa sala pequena no 18º andar, onde estava um computador ligado com o ecrã a mostrar umas imagens tutti-fruti muito distorcidas. Conseguia sentir um leve cheiro a queimado. Desaparafusei logo a tampa da caixa, e vi de imediato o problema: a placa gráfica estava parcialmente queimada. Estava prestes a sair para ir comprar uma nova quando ouvi o som de qualquer coisa a ser esmagada. Virei-me para trás e qual não foi a minha surpresa quando vi a Frigiorífica a trincar o rato daquele computador com toda a força! Tentei travá-la, mas fui tarde demais.
No instante em que a minha gata trincou o fio do rato, uma faísca atravessou-o em direcção ao computador. A máquina entrou em chamas e o ecrã explodiu com um clarão. Mas não foi uma explosão normal. As chamas eram multicoloridas como a imagem do ecrã. E sentia algo a puxar-me. Poucos segundos depois, eu a Frigiorífica entrámos pelas chamas adentro, para o que parecia ser um túnel de fogo.


Eu conhecia aquilo de algum lado...
CONTINUA...