Talvez não seja do conhecimento geral, mas eu, em tempos recentes ou nem por isso, estive um bocado em baixo. Isso, felizmente, acabou, devido a uma coisa que muito provavelmente não tem interesse nenhum para os leitores deste blog. Conseguir programar alguma coisa de jeito ajudou imenso o meu estado de espírito. Sei que ninguém aqui percebe muito de programação, mas comparem isto:
int main (int argc, char** argv) {
for (int i = 0; i < argc; i++) {
printf(argv[i]);
}
}
a isto:
puts $*
É totalmente hilariante. Irei aprofundar este tema mais tarde, mas não agora (embora eu tenha uma vontade quase irreprimível de o fazer).
Antes, vou falar das coisas que ainda não estão bem. Elas andam presas na minha cabeça o tempo todo a dilacerar-me a consciência, e infelizmente, não tenho qualquer espécie de escape para elas (nem chorar consigo). Apesar de ter o cérebro a funcionar a mil à hora, não consigo passar as minhas frustrações para o "papel", pois não consigo formar frases coerentes e estou a pensar em demasiadas coisas ao mesmo tempo. Resultado: umas belas dores de cabeça.
Uma já vai.
Também ando com medo. Não medo da viagem de finalistas, que, tenho eu a certeza, correrá lindamente (mesmo que seja necessário fazer uma fortaleza à minha volta no quarto e recorrer a procedimentos estrambólicos para me fazer passar pelo check-in), mas do meu futuro não-assim-tão-longínquo-como-isso-mas-que-ainda-está-suficientemente-longe-para-me-irritar. Esse futuro, que, provavelmente, envolve coisas como ir estudar para uma universidade, pirar-me de casa dos meus pais, e conhecer pessoas que não aquelas que já conheço há 5 anos, tudo coisas boas, saliente-se, tem um pequeno grande (ou será pequeno e médio?) problema: não consigo prevê-lo. Até agora, o meu futuro tem sido muito previsível e seguro, porque é sempre mais do mesmo (leia-se escola). E, infelizmente, eu odeio esse "mesmo". Tem muito pouco de interessante e muito, mesmo muito, de inútil. É, em geral, um colossal desperdício de tempo. Felizmente, posso usar as minhas habilidades para poupar tempo em trabalhos da escola para ganhar algum tempo para respirar. Mas nem sempre consigo fazer isso, tendência que se manifestou com bastante severidade o ano passado, em resultado de eu desconstruir muito daquilo em que costumava acreditar.
Não importa que possa prever o que me vai acontecer, se o que me vai acontecer é mais da mesma coisa má. E, agora, embora se antevejam coisas boas, estou algo assustado por não conseguir prevê-las, o que é agravado pela minha tendência para tentar ver o futuro daqui a, por exemplo, 5 anos. Quem é que, aos 16 anos, o consegue fazer?
Enfim (suspiro imaginário). Vivamos com fé no futuro (mas não fé cega). Avancemos.
O terceiro e último problema que se mantém é algo que, curiosamente, não me aborreceu muito o ano passado, nem me tem aborrecido este ano. Mas continuo a achar que preciso de amar alguém com toda a força e isso não acontece hoje. Parece-me que será muito difícil encontrar a pessoa necessária para o tornar possível, visto que eu tenho requisitos ligeiramente idiossincráticos.
Mas, com paciência e algum esforço, chegarei lá com certeza. Há tempo.
E pronto, acho que não tenho mais nada a dizer. Desabafos concluídos.
1 comentário:
Somos todos iguais.. a maneira de como vemos e vivemos as coisas é que parece que somos todos diferentes..
Não estás a ser simpático contigo próprio quando tentas viver num mundo á parte, o ser humano completa-se socialmente, e tu em nada estás integrado. Usas as tuas próprias normas e tens os teus próprios valores e éticas que em nada estão de acordo com o padronizado.. para quê tentar ser tão diferente..
Podia dizer algo mais elaborado, mas conhecendo o teu nível de intelectualidade não iria dizer nada que tu não fosses já ciente.. Só queria alertar te para o facto de poderes vir a desenvolver uma grave doença mental, como uma depressão, ou doença bipolar, quem sabe ficares psicótico.. entende que são coisas já estudadas, e tu não estás a fazer nada que ninguém já não tivesse tentado.. é tentador ser marcado pela diferença, ousar quebrar barreiras que nunca antes foram quebradas, servir de modelo.. mas não te podes deixar dispersar pelo teu espaço subjectivo.. isso só te coloca no lado oposto da realidade.. por outras palavras, tencionas fazer alguma coisas para deixar de ser alvo de comentários trocistas? queres continuar a ser humilhado? sabes que.. quando perceberes que estavas completamente errado em relação ao que acreditas e defendes cegamente não vai ser facil a superação, vais sentir-te completamente vazio, sem rumo, sem capacidade de sentir visto que o que sentes é a projecção do que te vai dentro sobre as situações, e nada vai existir dentro de ti.. e é por isso que ninguém arrisca ser diferente, mais tarde ou mais cedo não resistem e caem sobre si próprios e rendem-se á sociedade.. sabes, eu gostava de me vestir todos os dias com o fato do meu super heroi favorito..
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