segunda-feira, 14 de junho de 2010

Divinos peluches

Apesar dos avanços tecnológicos e culturais das últimas décadas, grande parte da população mundial continua a agarrar-se a ideias retrógradas sem sentido. Estou a falar, nomeadamente, da religião. A religião surgiu na Pré-História com vários objectivos, uns bons e outros maus, por exemplo: explicar fenómenos naturais que as pessoas não compreendiam, unir grandes grupos de pessoas desligadas umas das outras, estabelecer princípios morais e justificar a autoridade dos líderes. (Penso que a primeira explicação é a mais provável, mas não me parece que exista um consenso sobre essa matéria.)

Porém, independentemente dos motivos que levaram ao seu aparecimento, a religião é um absurdo. Não existe nenhum fenómeno observável no Universo que possa ser plausivelmente atribuído a alguma divindade. As muitas e graves falhas do mundo em que vivemos contradizem a existência de um ser omnipotente e sumamente bom. As histórias que supostamente explicam o aparecimento de deuses contêm elementos que são indubitavelmente fictícios, o que descredibiliza o resto da história. A título de exemplo: Jesus Cristo pode muito bem ter existido há 2000 anos atrás, mas de certeza não ressuscitou ao terceiro dia, como diz a Bíblia. Nem mesmo hoje conseguimos fazer isso.

Se assim é, por que é que a religião subsiste? Penso que isso acontece porque as pessoas insistem em agarrar-se a alguma coisa e fingir que essa coisa as protege de todos os males concebíveis, por serem, aparentemente, incapazes de enfrentar a realidade tal como é. Nesse aspecto, a religião está para os adultos como os ursinhos de peluche estão para as crianças.

Por fim, há que ter em conta que os ideais religiosos, ao longo dos séculos, têm servido de desculpa para toda a espécie de guerras e massacres, enquanto que não estou a par de nenhuma ocorrência em que a crença em deus algum tenha melhorado significativamente a vida de seja quem for. Não ficaria a humanidade, então, melhor se a religião deixasse de existir?

1 comentário:

MariaEduarda disse...

fica! a religião não tem NENHUMA vantagem para a sociedade! Nenhuma!