sábado, 2 de agosto de 2008

Estranhezas de uma semana de férias

Quando se vai de férias, vêem-se coisas interessantes. Eu voltei ontem de uma semana de férias. Ir ao mar e apanhar sol não tem nada de especial, por isso não vou falar disso aqui. Eu vou mas é falar das coisas estranhas ou simplesmente engraçadas que vi (e também um bocado das minhas opiniões, se não se importarem), tanto durante as ditas férias como na viagem de regresso. Que são quatro (por enquanto):

#1: O inferno é já ali à frente

A água do mar, bem, pode-se dizer que tem uma tendência alarmante para ser gelada. Nas profundezas do inferno, há, supostamente, um sítio gelado onde põem os traidores e acho que até o próprio Satanás (segundo a Divina Comédia). Bem, para lá chegar, basta entrar no mar. É mesmo frio. Mas depois também fica melhor. Digamos que se trata de uma breve visitinha.

#2: O fim de Portugal é um fim ventoso

Eu estive na Ponta de Sagres, o fim de Portugal, e aquilo é ventoso que se farta. Por isso, quando uma ventania enorme assolar o país, já sabem que Portugal vai acabar (Faz sentido, Portugal, pobre como é, há-de ser levado pelo vento). Oxalá os portugueses sobrevivam.

#3: A sobremesa que custa 240 euros

Depois fui almoçar num restaurante. E quando vi as sobremesas, bem, no menu estava uma chamada “Tentação de 3 Chocolates”, e por baixo estava o preço: 240€. 80 euros por cada chocolate, sem contar com a tentação... imagino a qualidade desses chocolates... de onde terão vindo? Por outro lado, esses chocolates provavelmente não são nada de especial – a tentação, sendo um pecado, presumivelmente sai cara ao tentado. Se calhar até é isso, quem sabe?

Nos outros menus dizia que essa sobremesa custava 2.40€, preço que pura & simplesmente não existe. Se calhar, quando iam a escrever a vírgula, puseram a caneta no papel e esqueceram-se de continuar o traço. (Só espero que, em vez disso, não se tenham esquecido de um zero no final do número.) Seja como for, o que vinha nos outros menus não é para aqui chamado, uma vez que é do meu menu que estou a falar. Enfim, avancemos, que este tema se está a tornar cansativo.

#4: A caixa registadora que é vidente

Mais tarde, já durante a viagem de regresso, parámos numa estação de serviço, onde eu bebi um sumo de maçã. Ora bem, o que sucedeu foi o seguinte: quando vi a conta, dizia lá que o sumo era de laranja. E, para mais, na conta figurava a data de 2 de Agosto de 2008 (lembro-vos, caros leitores, de que isto aconteceu ontem). O mais curioso é que hoje bebi, de facto, sumo de laranja. Se calhar, o melhor é voltar a essa estação de serviço para ver se descubro como é que uma caixa registadora faz para prever o futuro.

 

E é isto que eu quero dizer (por agora!)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O que conta na escada da vida

Subir a escada da vida
é algo que todos nós fazemos
mas será que fazemos bem?

Quando tentamos subir
será que olhamos para nós
para vermos se somos dignos de atingir o topo?

E quantos de nós olham para os outros
e dizem que eles jamais chegarão ao topo
porque lá atrás no tempo deram uns tropeções.

Como é deprimente que todos esses são demasiado ignorantes
para saber que estão errados...

É que para sermos dignos de chegar ao topo
não conta onde fomos nem onde estamos
mas sim para onde queremos ir.

terça-feira, 22 de julho de 2008

A tempestade que cega

Hoje tento ver pela janela
mas lá fora só há chuva e trovoada
por isso não consigo ver nada
e aqui dentro é a mesma coisa

Aqui no meu quarto grassa a intempérie
e é essa intempérie que me obstrui a visão
com ela pela frente nem as minhas mãos posso ver
quanto mais as mãos dos que estão lá fora

Preciso de uma arma que cale a tempestade
uma bomba, um machado, um tridente, qualquer coisa
porque enquanto as nuvens daqui não forem embora
não poderei ver o sol que brilha lá fora

sábado, 19 de julho de 2008

Querida, tenho uma plantação de salsichas

Como todos sabem, o Verão é a época das salsichas.
Isto acontece porque, no Verão, devido à grande intensidade da luz solar, o pão tende a aquecer mais. Ora, o pão quente emite feromonas que provocam uma atracção irresistível nas salsichas que, nesta altura, pendem dos ramos das salsicheiras.

As salsicheiras são plantas carnívoras que comem, principalmente, bovinos. Durante a digestão, o animal passa por tubos digestivos com arestas cortantes que cortam a carne em forma cilíndrica. Devido aos movimentos regulares do caule das salsicheiras, vão-se formando cilindros separados de carne, que são as salsichas. Também devido a esses movimentos, mais tarde, as pontas das salsichas perdem carne e ficam, assim, arredondadas. Por fim, saem por tubos finos até aos ramos da salsicheira.
As salsicheiras têm penas amarelas-alaranjadas, pequenos dentes brancos, caule expansível, e pequenos ramos com suportes para salsichas. Cheiram a cenouras podres misturadas com couves. Aqui está uma fotografia de uma salsicheira.


As salsicheiras não são perigosas para o ser humano (o que é óbvio, porque senão os agricultores não poderiam tirar as salsichas dos ramos. Porém, estas plantas apreciam o sabor das unhas humanas, por isso, nunca se deve, em qualquer circunstância, colocar as mãos ou os pés dentro da boca de uma salsicheira. Ela arrancará as unhas, comê-las-á e os seus pedaços serão incluídos nas salsichas produzidas logo a seguir.
Ainda, há a considerar que existem dois tipos de salsicheiras. Um é o que foi agora descrito. O outro tem a mesma aparência e o mesmo comportamento, mas tem glândulas venenosas nos tubos digestivos, o que faz com que as salsichas destas plantas sejam extremamente venenosas. Porém, elas não representam um risco, pois o veneno torna estas salsichas azuis, o que permite a sua imediata identificação e destruição.
Além disso, por vezes, o cérebro dos animais entra nos tubos digestivos das salsicheiras, o que faz com que estas produzam salsichas total ou parcialmente constituídas por miolos bovinos. Estas têm, em 99,999999% dos casos, uma cor cizenta.

Voltando àquilo de que estava a falar. As salsichas, ao absorverem as feromonas, emitem radiação microondas que provoca alterações psiconeurológicas no cérebro dos agricultores. Isto faz com que eles sintam uma vontade irresistível de enlatar as salsichas e vendê-las a fabricantes de cachorros. Estes, por seu turno, também sofrem a influência da radiação das salsichas, que os obriga a colocar as salsichas dentro de pães cortados. No momento em que ambos se tocam, forma-se uma semente microscópica que, ao aterrar em terra fértil, com água e luz, dará origem a uma nova salsicheira, que viverá, em média, 97 anos. Porém, só as salsicheiras de estufa é que vivem esse tempo todo; as bravas vivem, em média, 5 anos, uma vez que são alérgicas ao vento acima de 36 km/h.



Bem, espero que isto não tenha sido uma grande seca. Sei que é um monte de disparates, mas, de momento foi o que a minha imaginação forneceu. E não se preocupem, que eu já tenho tema para o post de amanhã.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A prova de que 2+2=5

Se esta conta:

2,4 + 2,4 = 4,8

está certa, então arredondando os números,

2 + 2 = 5

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Ceptro Inglês

Hoje apresento esta magnífica, incrível, assombrosa, escaldante, fabulosa e GRANDIOSA obra de arte: Ceptro Inglês. Não é conhecido o seu autor, pelo que não vou, naturalmente, dizer qual é.

Bem, falando da obra em si, começarei por realçar o facto de estar apontada direitinha para cima. Ora, esta orientação concerteza vos mostrará que a coisa que o pintor representou nesta incrivelmente magnífica obra é um objecto de poder e de glória. Não é isso que o apontar para cima significa?

O cabo desta obra de arte está pintado de cor-de-laranja, A cor do fogo (o amarelo, o vermelho e as outras todas não contam porque eu não quero). Logo mostra um grande poder ou uma grande força ou lá o que o simbolismo do fogo é.

Depois há a parte de cima, que consiste primariamente de algo que se assemelha a uma “garra”. Ora, uma “garra” leva-me a pensar no quê? Só pode ser uma coisa... Agarrar! Até porque é feita de metal... o metal não tem a ver qualquer coisa com a dureza ou com a firmeza ou lá o que é? Pois é! Com esta obra de arte podemos agarrar as coisas, ou seja, parece-me que podemos controlar tudo! SIM! Agora percebe-se porque é que este treco vale 300 milhões de euros! Com ele QUALQUER UM pode governar o mundo! Isto abre possibilidades sem precedentes para o mundo inteiro! Já estou com pele de galinha só de pensar nisto...

E há a elegância das curvas desta obra. Observem bem como o topo da obra se curva maravilhosamente e se inverte para ficar paralelo à outra metade da Garra.

Enfim, sobre esta obra de arte há apenas a dizer o seguinte: é incrível. Mostra mesmo a invencibilidade do intelecto humano. Sim, é intelecto que se escreve.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Perdido no meio da névoa branca

Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

nem mapa para me dizer onde fui parar.


Desde que veio a névoa fiquei aqui

não andei em nenhuma direcção

pois não sei o que há a minha volta

e não quero cair duma ribanceira abaixo.

(nunca se sabe se existem aqui)


Aqui não se vêem árvores,

nem pássaros,

nem o Sol,

nem a Lua,

nem os planetas,

nem as estrelas,

nem sequer o chão;

não se avista pessoas,

nem seja o que for que mexa.


Estou perdido neste sítio

e não há Deus que me salve

e não há destino em que possa confiar

e não há uma luz que fure o nevoeiro.


Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

mas na situação em que estou

duvido que sequer haja um caminho.


Resta-me esperar...


Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

à espera de alguém que me encontre

e me mostre o caminho.

(isto supondo que esse alguém existe...)


Suponhamos então...


Estou perdido no meio da névoa branca

sem bússola para saber o caminho

nem mapa para me dizer onde fui parar

mas ficava satisfeito se me trouxessem

uma manta para não apanhar frio

e um tapete voador para sair daqui.