Toda a sopa tem
pelo menos uma barata.
Há tres tipos de baratas:
as afogadas,
as vivas
e as inexistentes.
As primeiras encontram-se
comendo a sopa; e sabem a podre
do tempo que estiveram mortas.
As segundas só se encontram
depois de se esgotarem as primeiras;
estão à mão, mas não lhas deitamos.
Costumam saber a barata.
As terceiras, como não existem,
têm de se inventar;
uma vez inventadas,
sabem a ar, de não existirem.
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