terça-feira, 8 de junho de 2010

Acabou-se. A partir deste momento não tenho mais nenhuma aula nesta miséria a que chamam ensino secundário.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O mundo vai acabar (e eu gosto disso)

Como é sabido, o presente ano lectivo está prestes a terminar. Para a maioria daqueles que, infelizmente, frequentam o 12º ano de escolaridade, a este fim segue-se uma ida prolongada para uma qualquer universidade.

Mal posso esperar que isso aconteça.

Para mim, já chega disto. Estou farto de gastar o meu tempo com coisas que não servem para rigorosamente nada nem me interessam minimamente (Área de Projecto, Português e, especialmente, Educação Física). Em comparação, os cursos de Engenharia Informática que tenho analisado são principalmente compostos por cadeiras sobre matemática e programação (e tópicos relacionados). Maravilha. Pelo menos para mim.

Já desliguei completamente destes trabalhos de xaxa. Só continuo a andar devido à inércia de mais de uma década. Felizmente, não se esgotará totalmente antes que o mundo comece a acabar em 21 de Junho (data do exame de Matemática).

Agrada-me pensar que tudo isto vai pelo cano abaixo dentro de pouco tempo (ao contrário de certas pessoas). A presença constante da minha família próxima. A sucessão constante e fútil dos anos lectivos. Todo este espaço, o meu quarto, esta casa, esta cidade. Tudo este mundo vai acabar por ser obliterado definitivamente da minha vida. Não logo em Setembro, mas passados 1 ou 2 anos. E isso é bom.

Não estou minimamente interessado em prender-me àquilo que será, em breve, o meu passado. Este mundo já passou o prazo de validade há mais de um ano. Está mais que na altura de o trocar por um novo, um mundo onde possa focar a minha atenção em matérias que me interessam, lidar sozinho (de preferência) com quaisquer problemas que me surjam, e estar livre da interferência psicológica provocada pela presença dos meus pais. Soa familiar, não soa?

Não vou esconder que tenho um pouco de medo. Este novo mundo, ainda que altamente aliciante, é-me totalmente desconhecido. Não tenho a mínima ideia do que irei fazer quando chegar a Lisboa ou ao Porto (conforme venha a decidir). Não sei o que (e quem) vou encontrar quando começar a frequentar a universidade, nem como reagir àquilo que me aparecerá a frente. Não sei que métodos terei de adoptar para lidar com o (previsivelmente muito) trabalho que o curso que escolhi me colocará. Não sei como me vou sair na avalanche de interessantes desafios, académicos e não só, que encontrarei.

Como menciona o post da MariaEduarda, há coisas de valor que se vão perder parcialmente. Mais particularmente o contacto com os amigos. Digo "parcialmente" porque, embora, provavelmente, não os vá ver muitas vezes em pessoa, poderei continuar a comunicar com eles, sempre que não estejam atolados em trabalhos. O mesmo vale para a minha família (que não tenciono visitar com muita frequência. A ideia de regressar ao passado é deprimente).

Viver no novo mundo não será fácil ao princípio. Terei que lidar com todos os problemas que já mencionei e outros inesperados que inevitavelmente surgirão. Mas vale a pena, pois ficarei muito mais perto de atingir dois dos meus três principais sonhos actuais: trablhar na minha área de interesse e tornar-me independente dos meus pais. Aliás, o terceiro sonho também poderá realizar-se, dependendo da minha sorte e das habilidades sociais que eu venha a ganhar. Num mundo onde tudo é novo, tudo é possível.

O fim do mundo começa a 21 de Julho e acaba algures em Setembro. O período das férias de Verão, que medeia estas datas será, assim, uma espécie de limbo. Mas um limbo agradável. Pelo menos, assim o espero.

Que venha o fim do mundo!

sábado, 24 de abril de 2010

Teste

Estou a testar neste preciso momento um programa para aceder ao blog. Esta mensagem é, portanto, um teste. O que poderá não agradar a algumas pessoas. Este post também não faz qualquer sentido.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Aviso aos comentadores

Quaisquer comentários insultuosos ou que contenham palavrões serão **sumariamente apagados** deste blog.

Tenho dito.

Não é irritante quando não conseguem tirar uma única ideia de valor do cérebro? Porque isso acontece-me algumas vezes.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O culto do atraso

Há uma coisa que me irrita imensamente na sociedade portuguesa: a falta de importância que as pessoas dão ao (aparentemente difícil) acto de chegar a horas a qualquer coisa. Apesar de ser comum, impressiona-me sempre ouvir alguém a dizer "Ah, ninguém morre por 10 minutos". Figurativamente, isto está errado, porque existem pessoas que não gostam nada nem de se atrasar, nem de estar à espera de gente atrasada, especialmente aquelas pessoas que não vivem em Portugal. Literalmente, também está errado, pois morrem milhares de pessoas em 10 minutos, algumas das quais precisamente por estarem esse período de tempo à espera.

Ignorando, por agora, este aspecto, há outros a considerar. Esta atitude perante a pontualidade tem consequências. Por toda a gente se atrasar, nada fica feito quando é preciso, e quando não se está à espera de uma coisa, está-se à espera de outra. Com tanto atraso, pergunto-me por que é que as pessoas se dão ao trabalho de estabelecer prazos e horários, visto que nunca os cumprem. Ou então, podiam fazer a média dos atrasos e adiantar todas as horas por esse tempo. Porém, é possível que, caso tal aconteça, os atrasos simplesmente dupliquem de tamanho, voltando nós assim à situação inicial (aliás, pior).

Este problema, infelizmente, parece não ter solução à vista. Só conheço um meio de fazer com que as pessoas parem de chegar atrasadas, que é deixar de esperar por elas. O problema é que isso é impraticável, porque, neste país, nada seria feito se tal solução fosse aplicada. Haveria desencontros a todas as horas.

Se a Torre de Babel fosse planeada hoje em Portugal, o projecto arrancaria daqui a uns 100 anos... com sorte.

Anos

Recentemente estive a pensar (como habitualmente) e reparei num aspecto muito curioso da maneira como as pessoas costumam organizar o tempo. Este aspecto consiste na divisão do tempo numa variedade de "anos", cada um com uma definição diferente e variável, tipicamente ligada a uma qualquer instituição. Há o ano civil (o único que dura mesmo um ano), o ano lectivo, o ano fiscal, o ano judicial, e provavelmente muitos mais. Ora, o interessante é que todos estes períodos de tempo não estão alinhados uns com os outros, nem (à excepção do primeiro), duram 365 dias.

Na minha opinião, isto é idiota e só serve para complicar. Se tudo estivesse alinhado com o ano civil, haveria uma correspondência directa entre este e todos os outros. Logo, quando alguém falasse num determinado ano, seria sempre claro do que é que está a falar. Tal não é o caso agora. Quando me dizem "o ano passado", referem-se a quê? A 2009? Ao ano lectivo de 2008/2009? A outra coisa qualquer?

Aliás, inicialmente, eu tinha escrito, por engano, "ano lectivo de 2009/2010", o que só demonstra ainda mais o potencial para confusão.

Que eu saiba, a língua serve para as pessoas se entenderem.

(Sim, este post talvez seja estúpido.)