terça-feira, 20 de abril de 2010

Anos

Recentemente estive a pensar (como habitualmente) e reparei num aspecto muito curioso da maneira como as pessoas costumam organizar o tempo. Este aspecto consiste na divisão do tempo numa variedade de "anos", cada um com uma definição diferente e variável, tipicamente ligada a uma qualquer instituição. Há o ano civil (o único que dura mesmo um ano), o ano lectivo, o ano fiscal, o ano judicial, e provavelmente muitos mais. Ora, o interessante é que todos estes períodos de tempo não estão alinhados uns com os outros, nem (à excepção do primeiro), duram 365 dias.

Na minha opinião, isto é idiota e só serve para complicar. Se tudo estivesse alinhado com o ano civil, haveria uma correspondência directa entre este e todos os outros. Logo, quando alguém falasse num determinado ano, seria sempre claro do que é que está a falar. Tal não é o caso agora. Quando me dizem "o ano passado", referem-se a quê? A 2009? Ao ano lectivo de 2008/2009? A outra coisa qualquer?

Aliás, inicialmente, eu tinha escrito, por engano, "ano lectivo de 2009/2010", o que só demonstra ainda mais o potencial para confusão.

Que eu saiba, a língua serve para as pessoas se entenderem.

(Sim, este post talvez seja estúpido.)

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu não acho que a organização devesse ser de acordo com o ano civil, porque por muito que pensemos, durante o verão seria impensável uma criança ir à escola, porque está demasiado calor.
Os restantes "anos" não sei, mas pelo menos o lectivo acho que está bem feito. E tem de ter obrigatoriamente duas datas porque se passa em dois anos civis diferentes.

The Purple Teen Wizard disse...

A minha ideia não era bem essa, mas sim permutar os períodos entre si, de maneira a que o actual 2º período passasse a 1º, o 1º a 3º e o 3º a 2º.

(Sim, ficavam umas férias de cerca de 3 meses entre o 1º e o 2º período, mas enfim.)