O rapaz continua a sua caminhada pelo passeio.
Está sozinho. Sempre esteve. Enquanto caminha, olha à sua volta, principalmente para as casas e os edifícios. Porque as pessoas não lhe interessavam quase nada. Para ele, elas só lhe complicavam a vida, só se metiam no caminho. Por isso, não tinha amigos.
Ele não ia a festas. Uma vez fora, mas aborreceu-se porque, sozinho, não valia a pena. Sem ser as aulas e quando saía com os pais, ficava em casa.
Parece uma vida muito aborrecida, mas para ele, não o era mais do que a de outra pessoa qualquer. Entretinha-se a imaginar novos propósitos para o que via à sua volta, a escolher um novo contexto para eles. Sozinho.
Ele chegou a casa. Diz boa tarde aos pais. Depois vai lanchar. Depois vai fazer os trabalhos de casa.
E depois vai divertir-se sozinho.
E é assim que são todos os dias da vida do rapaz.
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